Recentemente
fui procurada pela preocupação de uma mãe a respeito de haver na
sala do seu filho uma criança com necessidades especiais, numa sala
com 25 alunos, e a professora ainda teria que dar uma atenção
diferenciada para um, e quanto ao restante da sala? Seu maior medo
era sobre o desempenho escolar do seu filho no ano letivo. Imagino
que seja dúvida de muitos pais de alunos. As vezes temos que nos
colocar no lugar da outra família, aquela que tem o aluno com
dificuldades e nos perguntar o que faríamos no lugar deles, se
deixaríamos nosso filho escondido dentro de casa porque o
desenvolvimento dele é mais lento ou dificultoso que os das outras
crianças.
A maior
preocupação é para os pais, os filhos não sofreram a mesma
criação discriminatória que muitos passaram, nós que atuamos
dentro de escola percebemos claramente o quanto esse convívio é
importante para o discernimento de cada criança. A alguns anos atrás
(principalmente na época em que os pais desses alunos ditos como
normais estudavam) não havia o interacionismo, o novo as vezes
assusta.
Depois
de alguns meses convivendo com uma criança especial, pergunte para
seu filho a respeito do aluno, na maioria das vezes a criança nem
percebe que tem um aluno diferente na sala, porque cada caso é um
caso, as criança não são parecidas, independente do seu
diagnóstico médico cada um tem uma personalidade, uma educação e
uma visão de mundo diferente da outra, dependendo da sua realidade.
A diferença que mais é percebida na maioria dos casos de inclusão,
é a dificuldade do aluno na aprendizagem, por isso o professor
procura o desenvolvimento pedagógico dessa criança, sem se esquecer
dos seus limites, propondo atividades que não fujam da sua
realidade, mas que também não faça com que seu conhecimento fique
estagnado, pois todos merecem que seu desenvolvimento educacional
seja preservado, independente de sua condição física e/ou
psicológica.
Convivendo
com as diferenças os alunos aprendem a respeitá-los e daqui a algum
tempo, esse tipo de dúvida não vai sondar a cabeça dos adultos,
pois desde cedo a integração foi sendo realizada como um processo
gradual.
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